Eu sou a contradição, o limite, dentro e fora. Eu sou a dificuldade, imoderação, maneirismo, simplicidade, rigor, barroco e minimalismo. Eu sou como isto que gira em torno de si mesmo, recebo rasgões e recomponho-me. Eu sou o resultado de um teste, a sobrevivente de uma vida. O podre imbuído na minha vida, contraponto para a petrificação da dor. Amontoado de rochas, o esqueleto da alma, a voz suspensa num sonho. Saudades de entrar no mistério do visível para provar o doce horror do vazio.
Eu escuto o silêncio. Eu alimento-me com medo, raiva, angústia e sensações indizíves. Surpresa e encantada com a revelação grotesca e ecléctica das coisas. Eu sinto algo trágico aqui. E a minha mente é sangue e confusão.
Saahira.
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