15 de abril de 2010

Declaração de independência espiritual

A minha vontade é invulnerável como o ar com o som da minha voz. O universo encolhe num enrugar de dor. Ouve-me, vou nutrir a tua carne com orvalho de sangue.

Explora o labirinto da memória e liberta-te a partir da hipertrofia da recordação. Quero despertar da paralisia os ícones enterrados na ausência e desarmonia, para que possam desfrutar novamente um instante de contemplação e penetrar nos campos dos sentidos.

Esta é a chamada final, o tempo de renascimento e purificação. A tranquilidade após a tempestade. Unívoca linguagem de frases antigas como uma música. Saboreia a essência deste fluido imaterial. Princípio da agregação e desagregação, em toda a parte e em lugar nenhum. Fugir da angústia e vacilar na liberdade absoluta.

Deixa o imobilismo converter-se em movimento e deixa a tua essência despir-se de todas as mentiras. Joga o teu jogo e desfruta da chance.

A lua não poderia aparecer novamente.

Saahira.

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