4 de maio de 2010

Em memória da...

Figura difamadora que guia a sabedoria da morte silenciosa. Ela disse que tu vieste quando o céu estava a afundar, cansado no seu sono eterno e que somente o teu grito teria anunciado um novo amanhecer. Senhora do ar, agitando as folhas das montanhas geladas que na madrugada acaricia os ramos nus das planícies nebulosas.

Tu cresceste como uma testemunha da existência solitária, um tolo teatro. No teu rosto, os sinais de uma memória triste. Os teus lábios feriram audiências de falsos inocentes com verdades dolorosas e mordeu sentenças. Tu sabias o prazer dos sentidos interiores, a poesia do vento, o segredo do fogo. A tua vontade tem a força do trovão. O teu espírito, o impulso da luta final.

Oh grande mãe que esbanja amor gerando ódio! Encantadora musa de indizível fantasias. Vais ressurgir das cinzas, e envolver grandes catástrofes. Pura, alegre escuridão e imortal.

A luz eternamente para seguir o caminho do templo dos novos sonhos.

Saahira

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