11 de maio de 2010

...Sombras e pó, apenas sombras e pó

Negros, negros são os caminhos
Dos vales ardentes do teu Mundo
Perigosos, Perigosos são os trilhos
Pouco claro os destinos.

Em cada uma das tuas quedas
Em cada uma das tuas derrotas
Eu vi o meu triunfo, banhei-me nele
Na tua dor, sofrimento, teu sangue.

Semeaste as sementes, o ódio!
Semeaste as árvores, a estupidez!
Construíste as cidades, a ignorância!

Ateaste, o fogo, por fim,
Alimentaste-o com a tua existência
Da tua carne ele nasceu e morreu
Das tuas cinzas morreu!

E, no entanto, tu, filha da hipocrisia
Opinas-me, julgas-me, condenas-me
Pelo meu sentimento de indiferença!
E, no entanto, tu, filha da estupidez,
Persegues, condenas e matas!

Negros, negros são os caminhos
Dos vales ardentes do teu mundo
Perigosos, perigosos são os trilhos
E claros, claros como a luz matinal,
São os destinos!

Outrora Éden, agora chamas
Outrora lagos, agora desertos
Outrora vida, agora morte
Este é o teu jardim Humanidade!
"Sombras e pó..." essa é a tua realidade!

Saahira.

2 comentários:

  1. Eheh gostei da antítese: "negros caminhos"; "vales ardentes"...

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  2. Bem... Jesus o.O

    Disse que o outro texto era o melhor... mas agora já não sei

    *.*

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