12 de abril de 2010

Vazio absoluto.

Este é o arquétipo que preexiste o homem. O mal é uma voz interior que transcende o princípio da vida. É vergonhoso e acentuado, mas secretamente desejo não resistir ao encanto do mal, forma obscura e contraditória de êxtase e luxúria. Ele vive nos nossos corações, mas muito além de nós.

A morte é certa, mas o seu tempo é um mistério para sempre desconhecido. Cada gota das minhas lágrimas é eterna, a morte é eterna, é a prova que tudo termina em corrupção. O sofrimento é a dor, não confundi-lo para a dor. A nossa consciência, a expiação eterna. Tu não podes defender nada do vazio.

A existência é trágica porque nós começamos a ver o amanhecer apenas quando a escuridão cai. Temos sido chamados a viver em nome de mitos arcaicos, para recusá-los é como voar sem o medo de cair para o sono eterno e primordial, para mergulhar no segredo do coração da Terra. Temos tido uma máscara para definir a nossa cara, se a mandássemos fora era como uma festa sem medo de beber na fonte sagrada, e comer frutas proibidas para apagar os mistérios do fogo, da água, das almas humanas, do nosso destino, o pulsar está a morrer num eco vibrante. As memórias cósmicas protegem-nos do caos. As escolhas não podem ser apagadas, nem pela mente.

Saahira.

2 comentários:

  1. O vazio absoluto só pode existir quando se têm consciência de tudo para este ser então por absoluto. As máscaras que cada um usa só servem para os proteger do vazio, porque como dizes, quem recusa viver em nome de mitos, arrisca-se, a voar sem medo de cair...
    No vazio não existe ódio, porque nele não pode existir nada, ele apenas existe no buraco negro, será esse vazio antes um buraco negro(?)...

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  2. Pois esqueci-me de assinar... Brett

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