5 de março de 2010

Condicionantes da acção humana

O bláblá dos livros da treta de filosofia, diz que as condicionantes da acção humana são biológicas, sociais, histórico-culturais, e psicológicas, como toda a gente sabe. Mas na minha opinião, as condicionantes da acção humana, na realidade, não existem. Nada existe.

As condicionantes da acção humana, as certezas cegas de todos nos, são coisas que nos põem na cabeça. Nós na realidade, não somos nós. Somos moldados pelas nossas memórias, pela sociedade zoológica onde vivemos, pelo veneno que fede nos calabouços da humanidade, pelas massas que nascem como cogumelos em chão pútrido, pelas regras impostas, pela definição de "ser humano", pela definição de "louco". Mas são apenas definições, apenas nomes. Vazio. É tudo um grande nada.

Até poderíamos ser nós próprios, se não nos estivéssemos sempre a reinventar. Poderíamos ser livres, se depois não sofrêssemos as consequências. Tudo isto são certezas cegas nossas. Porque sentimos isso, porque sentimos o momento. Sentimos isso como real, porque achamos que somos mesmo reais, porque pensamos que o que existe à nossa volta é real. No fundo, cada um tem a sua própria realidade, não podemos é afastarmo-nos muito da realidade dos outros, se não somos considerados loucos. Tudo isto, sim, é uma GRANDE condicionante das nossas acções.

Real? Nada é real, nada é irreal. O real é o aqui e agora. Não aquilo que nos tentam impingir! E anda esta gentinha toda doente, sem saber que comem migalhas e jantam pão e àgua, e que vestem trapos... sim, no fundo não passam de trapos. Por enquanto ignoro, sento-me, e as coisas passam e acontecem, se for preciso ainda me rio. Talvez algum dia faça alguma coisa.

Por mais que tente fazer alguma coisa, vem sempre alguém foder-me a cabeça para não fazer nada, porque o bom é não fazer nada. Aliás, acabamos todos por fazer o mesmo, nada! Zero! Absolutamente Nada!

Os que pensam que fazem, não fazem nada. Os que não fazem, não fazem nada. Os que querem fazer, não fazem nada. Enfim, nada e tudo na mesma.

No fundo, no fundo... somos todos a mesma carneirada, a mesma cambada de vendidos. Uns assumem, outros não.

Saahira.

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