30 de março de 2010

Experiência fora do corpo

Prática da dúvida.

Eu olho para a verdade no silencioso brilho dos teus olhos. Falo com as forças do ar. Boas vibrações, gritos e sussuros unidos no grande encantamento do som para apenas morrermos invisíveis, para voar com as asas do anti-tempo, para descarregarmos os vagões do nada, para arremessar o teu coração para trás da parede.

Essências escondem-se por trás das pálpebras fechadas das vidas transparentes. Consolas-te com uma sublime doçura proibida. A memória retrocede novamente e cresce com novas cores. Caleidoscópio emocional. Gotas de cristal de vidro vermelho. Caixão de pensamentos quebrados. Cortar a luz para redefinir o passado.

Filtrantes do espaço, adoradores do vazio. Entidades inconsistentes baptizadas na chuva. Presença viva recriada a partir do pó.

Saahira.

2 comentários:

  1. É de certo modo infame ter de esconder-me atrás do anonimato, mas na verdade, no virtual, a diferença entre perfil e anonimato é tão esbatida quanto a aurora e o lusco-fusco. Contudo não há outra forma de poder arremessar umas quantas pedradas de luz do dia a essa noite que lhe cobre e que não a deixa cheirar o aroma fresco do café matinal. Tenho pena que quem grita assim, não se assuma como anarquista, afinal a corrente de pensamento mais perto da burrice que esta humanidade já referenciou. Uma anarquista é como um bebé com birras e com o rabito assado, quer tudo para não querer nada e só se cala quando lhe mudam a fralda. É mesmo um desespero ler a beleza da sua tristeza, pois com esse talento a vida tem de ser vista com os Olhos bem Abertos. O que é um contra-senso, pois para ver a sua noite, não vale a pena ABRIR OS OLHOS.
    Siga esta sugestão, mude o nome ao blog ou mude a cor de fundo da sua vida.

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  2. Não sou anarquista, o anarquismo é ridículo. Outra coisa, o blog é meu e da Abby e quem não gosta não come. Agradeço a sua opinião, eu escrevo o que quero e bem me apetece tal e qual como a Anónima faz o mesmo. E estou-me simplesmente a cagar, para o facto de estar sobre o anonimato, isso não interessa para nada. Como hei-de explicar o facto de estar "sobre a noite"... hmmm... é que nem aí. Prefiro tentar ser eu sem estar sobre lado nenhum.

    saahira.

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